Privacidade e governança digital viraram elementos centrais na operação de qualquer organização em 2025. Com o crescimento de modelos de IA generativa, automação e sistemas de análise massiva de dados, tornou-se necessário fortalecer processos, controles e monitoramento contínuo.
Segundo relatório da International Association of Privacy Professionals, 55% dos profissionais de privacidade hoje já trabalham em funções com responsabilidades de governança de IA, principalmente para lidar com riscos relacionados a dados sensíveis e respostas a incidentes.
Neste artigo, você vai ler sobre:
- Governança digital como base operacional
- Privacidade integrada ao ciclo de produtos e serviços
- IA, inferência e riscos emergentes
- Transparência e prestação de contas
- Segurança e resposta a incidentes
- Governança e privacidade em 2025 e no futuro
Governança digital como base operacional
A governança digital funciona como o conjunto de estruturas que organiza a vida útil dos dados. Inventários de tratamento, matrizes de risco, controles de acesso e políticas internas passaram a ser integrados às rotinas de tecnologia e negócio. Esses elementos criam previsibilidade operacional e ajudam a demonstrar conformidade em auditorias e fiscalizações, reduzindo riscos de uso inadequado ou vazamento.
A maturidade da governança também influencia a capacidade de resposta. Ambientes com controles bem definidos conseguem identificar problemas com maior rapidez e manter registro das decisões tomadas, o que facilita análises posteriores e atuação das equipes de segurança.
Privacidade integrada ao ciclo de produtos e serviços
Soluções digitais passam a ser avaliadas por meio de análises prévias de impacto, identificação dos fluxos de dados utilizados e definição de requisitos de minimização e limitação de uso.
O objetivo é reduzir a coleta desnecessária, evitar dependência excessiva de dados pessoais e criar soluções que permitam auditoria contínua. Com a expansão de produtos baseados em IA, essa abordagem tornou-se essencial para prevenir riscos que não aparecem em estágios tardios do desenvolvimento.
IA, inferência e riscos emergentes
Um dos desafios mais relevantes de 2025 envolve o risco de inferência. Modelos de IA podem deduzir características individuais mesmo quando esses dados não foram fornecidos diretamente.
Esse tipo de risco exige reforço nos controles de auditoria, revisão humana e documentação técnica mais robusta. Organizações precisam avaliar o impacto de inferências involuntárias e demonstrar que adotam medidas alinhadas aos princípios legais de necessidade e proporcionalidade.
Transparência e prestação de contas
Transparência é parte essencial da governança digital. Ela inclui avisos claros sobre tratamento de dados, relatórios internos de decisão, comunicação em casos de incidente e documentação dos critérios utilizados na construção de sistemas.
A prestação de contas também se estende aos fornecedores. Cadeias tecnológicas cada vez mais distribuídas exigem contratos que definam padrões de segurança, regras de acesso e obrigações de resposta a incidentes.
Segurança e resposta a incidentes
O Fórum Econômico Mundial prevê que o custo médio global de um incidente ultrapassou 4,45 milhões de dólares em 2024. O valor tende a ser maior em setores que lidam com grande volume de dados confidenciais ou dependem de sistemas críticos.
Governança e privacidade em 2025 e no futuro
Em 2025, a privacidade e a governança digital formam um eixo central de gestão. Elas exigem processos claros, monitoramento constante e integração com áreas de tecnologia e segurança. O desafio não está apenas em cumprir obrigações, mas em tornar a privacidade um componente natural do desenho de produtos e serviços.
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