Metaverso é o assunto do momento. Este ambiente digital, que tem sido amplamente explorado pelas empresas e agências de Marketing, entrou no universo jurídico e já tem mudado a maneira como escritórios de advocacia e Tribunais realizam seus eventos virtuais, audiências e reuniões com clientes.
Neste conteúdo, vamos dar alguns exemplos de como bancas e órgãos públicos incorporaram o Metaverso em suas rotinas e explicar sobre seu funcionamento. Além disso, vamos compartilhar a nossa experiência dentro desse ambiente inovador. Continue com a gente para ficar por dentro deste assunto!
O que é Metaverso?
O Metaverso é um espaço coletivo e que tenta recriar experiências sensoriais e sociais do mundo real dentro de um ambiente virtual. Essas experiências têm o objetivo de criar um “novo mundo”, mas ainda gerenciado por pessoas reais e com recursos reais.
O conceito de metaverso surgiu em 1992, quando o escritor norte-americano Neal Stephenson, em sua novela Snow Crash, descreveu um espaço virtual coletivo e convergente com a realidade. Este mundo novo, ainda segundo a obra, seria acessado por óculos disponibilizados em terminais privados ou públicos que permitiam com que a gente tivesse um avatar dentro do mundo virtual, o que poderia circular livremente nesse ambiente.
Com a evolução tecnológica, sobretudo com o foco em conforto e entretenimento, fez com que esse mundo virtual saísse da ideia e se tornasse cada dia mais próximo. Redes sociais, videogames e outros recursos contribuíram para as nossas crescentes incursões no mundo virtual e iniciaram uma quebra nessa barreira entre o que é real ou não.
Empresários tecnológicos passaram a investir tempo e dinheiro no desenvolvimento desse novo mundo e chegaram até o metaverso, como conhecemos hoje. Apesar de ainda estar longe de fazer parte do nosso dia a dia, já é possível verificar algumas adequações que empresas e setores fizeram para entrar nessa realidade virtual. Dessa forma, os usuários podem:
- Socializar com outras pessoas
- Realizar compras
- Jogar
- Trabalhar
- Ter experiências em shows ou outros eventos
Não existe apenas um site que proporcione isso às pessoas. Atualmente, temos diversas plataformas que oferecem o encontro entre a realidade física e virtual.
Metaverso no Jurídico já é uma realidade
Com o objetivo de se colocarem à frente de seus concorrentes e mostrarem que estão cada vez mais inovadores e tecnológicos, escritórios de advocacia já têm aderido ao Metaverso. Na realidade virtual, eles podem trabalhar e ter reuniões com clientes de todas as partes do mundo, basta ter acesso à internet.
Os escritórios de advocacia inseridos no Metaverso demonstram que estão prontos para se adequar à possível nova realidade e que, também, têm uma personalidade mais tecnológica – indo na direção contrária do segmento tradicional ao qual o Direito é relacionado.
O Poder Judiciário também está fazendo testes dentro deste novo mundo. A Justiça do Trabalho no estado de Mato Grosso, por exemplo, convidou juízes, universitários e advogados para participarem de uma experiência virtual. Foram reuniões, palestras e outras atividades que aconteceram dentro do ambiente.
Outro exemplo aconteceu no último dia 13: a Justiça Federal na Paraíba (JFPB) realizou a primeira audiência virtual dentro do Metaverso, do Brasil. De acordo com informações do CNJ, uma sessão conciliatória em que as partes (autora e ré), representadas pelos respectivos avatares customizados em 3D, firmaram um acordo, pondo fim a um processo que tramitava desde 2018.
Vale ressaltar que a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) ainda não impôs limitações ou regras para advogados que desejam utilizar a realidade virtual como ferramenta de trabalho.
Invenis no Metaverso: nossa experiência dentro dessa nova realidade
A Invenis também teve sua primeira experiência no Metaverso, que aconteceu a convite da Associação Brasileira de Lawtechs e Legaltechs (AB2L). Vamos compartilhar como foi esse contato com o ambiente que une o mundo real ao virtual.
O primeiro passo é escolher uma figura para lhe representar. Se engana quem pensa que é algo mais sério e formal, já que é possível se vestir de princesa, unicórnio, dentre outros personagens, além de criar o seu próprio avatar.
Fomos recebidos pelo avatar da recepcionista, que nos levaria até a sala de reunião. O interessante é que, ao interagir com outras pessoas, é possível ativar sua câmera para ver quem está por trás daquele personagem.
Visitamos aquele ambiente virtual e é impressionante o quanto as sensações são parecidas com o real: como a área externa ao escritório é um espaço aberto, com árvores e uma fonte, dava para ouvir perfeitamente o som dos pássaros cantando e da água caindo.
Para nos aproximar ainda mais da realidade, podemos interagir com as demais pessoas que estão inseridas naquele ambiente. Basta se aproximar e iniciar uma conversa. Isso incentiva a conexão, o networking e a socialização, mesmo que não fisicamente. E, mesmo com pessoas desconhecidas, você tem a opção de ligar a câmera e falar “olho no olho”.
Foi uma verdadeira experiência sensorial, pessoal e virtual. Mesmo sem sair de casa, sem sair da frente do computador e sem utilizar os óculos de realidade virtual, tivemos uma sensação quase completa de imersão.
Não é à toa que o Metaverso ganhou adeptos, e vem ganhando cada dia mais. São inúmeras possibilidades para serem exploradas dentro do ambiente virtual. A grande vantagem, ainda mais depois da pandemia e das empresas instituírem o Home Office, é que a interação humana continua sendo a prioridade.
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