A recuperação de créditos e as cobranças judicializadas são temas fundamentais para empresas que buscam manter a saúde financeira e garantir um fluxo de caixa estável. Quando um cliente inadimplente deixa de honrar suas obrigações, é indispensável adotar medidas para recuperar os devidos valores.
Neste artigo, você entenderá melhor o processo de recuperação de crédito e o que abrange as cobranças judicializadas, apresentando como essas práticas podem impactar o negócio e os principais métodos utilizados.
No final deste conteúdo, você terá lido sobre:
- O que é recuperação de crédito?
- O que é a recuperação de crédito amigável?
- O papel da empresa na recuperação de crédito
- O que é cobrança judicializada?
- Tipos de ação judicial para cobrança
- Consequências para o devedor
- Vantagens e desvantagens da cobrança judicializada
- Alternativas à cobranças judicializadas
- Prevenção à inadimplência
- Como a Invenis pode ajudar as empresas de crédito?
- Conclusão
O que é recuperação de crédito?
A recuperação de crédito é o processo pelo qual uma empresa busca recuperar valores devidos por clientes inadimplentes. Essa recuperação pode ocorrer de maneira amigável ou judicial, a depender do caso. Seu objetivo principal é restabelecer o equilíbrio financeiro da empresa, driblando prejuízos e mantendo um fluxo de caixa saudável.
O que é a recuperação de crédito amigável?
A recuperação amigável é a primeira etapa no processo de cobrança, e envolve negociações diretas com o cliente devedor. Tem como objetivo chegar a um acordo sem a necessidade de recorrer ao judiciário. Algumas de suas estratégias envolvem:
- Negociação de prazos e condições – é muito comum que empresas ofereçam parcelamentos ou descontos para incentivar o pagamento.
- Contato frequente – lembretes sobre a dívida, enviados por meio de telefonemas, emails ou cartas, são eficazes para manter o cliente ciente de sua obrigação.
A principal vantagem da recuperação amigável é a possibilidade de manter um relacionamento positivo com o cliente, além de ser menos custoso e mais rápido.
O papel da empresa na recuperação de crédito
Para garantir de fato a eficiência de um processo de recuperação, é indispensável que a empresa adote uma postura proativa. Isso envolve:
- Monitoramento da inadimplência – é fundamental acompanhar os pagamentos dos clientes e identificar aqueles que estão em atraso, o que possibilita agir rapidamente.
- Registro detalhado de transações – manter um histórico detalhado de pagamentos e das dívidas facilita a tomada de decisões.
Realizar esse monitoramento de maneira eficiente pode evitar que a dívida evolua para uma cobrança judicializada.
O que é cobrança judicializada?
A cobrança judicializada é o estágio em que a empresa opta por recorrer à Justiça para conseguir recuperar o valor devido. Isso ocorre quando as tentativas amigáveis de cobrança falharam e o devedor não mostra intenção de pagar. Nesse caso, o credor entra com uma ação judicial para reaver o crédito de forma coercitiva.
Tipos de ação judicial para cobrança
Dependendo da situação e dos documentos que a empresa possui, existem alguns tipos de ação judicial que podem ser movidas. São elas:
- Ação de cobrança – costuma ser a mais utilizada quando não há garantia formal da dívida, e o credor busca obter uma sentença que obrigue o pagamento.
- Ação de execução – quando há um título executivo, isto é, cheques ou notas promissórias, a ação de execução é mais rápida, pois o juiz pode ordenar a penhora de bens do devedor.
- Ação monitória – quando a dívida é baseada em um documento que não é um título executivo, a ação monitória permite transformá-lo em um título judicial, facilitando a cobrança.
Consequências para o devedor
A cobrança judicializada também pode trazer sérias consequências para o devedor, algumas delas são:
- Penhora de bens – caso o pagamento não seja realizado, o juiz pode determinar a penhora de imóveis, veículos ou outros bens do devedor.
- Protesto da dívida – a dívida também pode ser protestada em cartório, impactando o crédito do devedor e dificultando seu acesso a financiamentos.
- Bloqueio de contas bancárias – em alguns casos, o juiz pode ordenar o bloqueio de contas bancárias para garantir o pagamento.
Utilizar essas medidas têm como objetivo pressionar o devedor a quitar a dívida e, ao mesmo tempo, garantir que a empresa tenha mais chances de recuperar o crédito.
Vantagens e desvantagens da cobrança judicializada
Decidir por uma cobrança judicializada envolve analisar os prós e contras dessa estratégia. A seguir, apresentamos alguns dos principais pontos a serem considerados.
Vantagens da cobrança judicializada
- Ação coercitiva – a cobrança judicial tem maior poder coercitivo, permitindo que a Justiça intervenha para garantir que o devedor pague o que deve.
- Garantia legal – com uma decisão favorável, a empresa tem uma sentença judicial que comprova a dívida, assegurando maior segurança jurídica.
- Penhora de bens: caso o devedor não pague voluntariamente, o juiz pode autorizar a penhora de bens, garantindo que a empresa recupere o valor.
Desvantagens da cobrança judicializada
Embora a cobrança judicializada seja uma maneira de contribuir para que a empresa receba o valor inadimplente do seu devedor, ela também apresenta algumas desvantagens. Listamos abaixo para você conferir quais são.
- Tempo de processo – os processos judiciais podem ser demorados, especialmente em casos complexos ou com grande volume de documentação.
- Custo elevado – além de taxas judiciais, a empresa precisará arcar com honorários advocatícios e outras despesas processuais.
- Ruptura do relacionamento – cobrança judicial tende a romper o relacionamento com o cliente, o que pode ser prejudicial em longo prazo.
Vale ressaltar a importância de analisar cuidadosamente cada um desses pontos antes de optar pela via judicial.
Alternativas à cobrança judicializada
Após analisar e colocar na balança os prós e contras da cobrança judicial, muitas empresas buscam alternativas que possam ser mais rápidas e menos custosas. Abaixo, apresentamos algumas opções.
Negociação amigável
Mesmo em estágios avançados da dívida, a negociação amigável continua sendo uma excelente alternativa. Oferecer descontos para pagamento à vista ou facilitar o parcelamento pode ser uma forma eficaz de incentivar o devedor a quitar o valor devido.
Mediação e arbitragem
A mediação e a arbitragem são métodos alternativos de resolução de conflitos, eles podem ser utilizados para solucionar disputas entre credor e devedor sem a necessidade de recorrer ao Judiciário. Eles ocorrem da seguinte forma:
- Mediação – um mediador neutro apoia ambas as partes a chegarem a um acordo de forma pacífica.
- Arbitragem – ambas as partes escolhem um árbitro, que toma a decisão final sobre a dívida. O processo de arbitragem costuma ser mais rápido que o processo judicial.
Empresas especializadas em cobrança
Outra alternativa é a contratação de empresas especializadas em recuperação de crédito. Essas empresas negociam com os devedores por meio de tecnologias e estratégias específicas, oferecendo um serviço eficiente e com menor impacto para o credor.
- Gestão de cobrança terceirizada – empresas de cobrança podem assumir toda a responsabilidade pelo processo, desde o primeiro contato até a conclusão do pagamento.
- Automatização do processo – o uso de ferramentas tecnológicas permite que lembretes e negociações sejam automatizados, agilizando a cobrança.
Acordos extrajudiciais
Mesmo durante o processo judicial, é possível que as partes optem por um acordo extrajudicial. Esse acordo possibilita que o devedor quite a dívida sem a necessidade de aguardar a conclusão do processo, o que pode ser benéfico para ambas as partes.
Prevenção à inadimplência
Para evitar a necessidade de cobranças judicializadas ou amigáveis, é fundamental adotar práticas preventivas. A prevenção à inadimplência começa antes mesmo da concessão de crédito, algumas estratégias desse trabalho incluem:
- Analisar crédito rigorosamente – checar o histórico financeiro do cliente e sua capacidade de pagamento antes de conceder crédito é uma medida indispensável.
- Elaborar contratos claros e objetivos – redigir contratos detalhados, com informações claras sobre prazos, valores e encargos por atraso, contribuir para evitar problemas futuros.
- Realizar monitoramento contínuo – é muito importante acompanhar o comportamento de pagamento dos clientes e agir rapidamente quando houver sinais de inadimplência, isso reduz os riscos.
Essas medidas são essenciais para minimizar a inadimplência e evitar a necessidade de ações mais drásticas futuramente.
Como a Invenis pode ajudar as empresas de crédito?
Além da saúde e do histórico financeiro, outra alternativa indicada para as empresas de crédito é analisar o histórico e a situação cadastral do CNPJ/CPF do cliente.
O histórico processual da Invenis permite que você obtenha todos processos judiciais vinculados ao CNPJ/CPF. Dessa forma, é possível ter uma ideia se o cliente apresenta problemas anteriores e atuais com inadimplência.
Conclusão
A recuperação de créditos e as cobranças judicializadas são processos fundamentais para manter a saúde financeira das empresas. Embora a cobrança amigável seja preferível, em alguns casos, a via judicial torna-se inevitável. Porém, antes de seguir por esse caminho, é importante avaliar todas as alternativas disponíveis e considerar as melhores práticas de prevenção à inadimplência.
Implementar uma estratégia clara e estruturada para lidar com inadimplência e recuperação de crédito é essencial para garantir a continuidade dos negócios e evitar prejuízos financeiros significativos.Gostou do conteúdo? Navegue mais pelo nosso blog e confira o conteúdo completo sobre seguro garantia judicial.
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